Fui ao Cesuc e cheguei bem cedo e fiquei esperando o portão se abrir. Após alguns minutos este se abriu e me dirigi ao vestiário para trocar de roupa. Ao contrário da turma que já estava vestindo o kimono para a aula de defesa policial, coloquei o uniforme normal e me dirigi à sala-de-aula. Falei com o xerife que ficaria em sala para não diferenciar da turma que estava toda de kimono. Fiquei na sala e ouvi a "bronca unida", esta correu sem maiores novidades; em seguida, a minha turma saiu para pegar as vans.
Não sei o quê a minha turma está aprendendo hoje, estou eu aqui em sala, sozinho, escrevendo estas linhas e aguardando o retorno da turma. É muito estranho estar aqui, sozinho, depois de passar praticamente todos os dias com mais de 40 pessoas. Fiquei refletindo por tudo o quê passei para estar aqui e o que estou vivendo no momento em Cuiabá.
Quando a turma retornou do ginásio e logo perguntei para um colega como foram as atividades. Pelo que me foi relatado, a aula foi bem tranquila, que o aquecimento foi ridículo, praticamente inexistente. Em relação as atividades em si, a turma aprendeu a contra-atacar algumas agressões como socos e chutes no estilo karate kid. Fiquei chateado por não ter participado da aula, já que só não fui por causa do aquecimento rigoroso. Deixa pra lá, não poderia adivinhar como seria a instrução.
A próxima instrução foi a de armas longas, foi excelente. A turma fora dividida em 3 e cada parte ficou com 1 dos instrutores. O instrutor que ficou com a minha parte da turma é ótimo, na minha opinião um dos 2 melhores do curso. Aprendemos o procedimento correto de como fatiar uma esquina com segurança, sem darmos qualquer parte do corpo para o infrator visualizar. A aula toda fora basicamente isso. Utilizamos 1 banheiro desativado do Cesuc para treinarmos as técnicas. Sem dúvida a instrução de armas longas está sendo a melhor do curso.
Completando a parte da manhã, tivemos uma aula teórica de trânsito, sem maiores novidades. A única alteração foi que 1 dos instrutores não veio para a aula e ficamos então com o professor gaúcho ministrando toda a auala. Para uma aula teórica, até que não houve muita toração em sala.
Após o almoço, a 1ª instrução da parte da tarde foi a de armas curtas, sendo esta praticamente toda teórica. Nessa instrução aprendemos como municiar o carregador, alimentar a arma e carregá-la. Sinceramente, não sabia que havia mais de uma maneira de alimentar e carregar a pistola. Também aprendemos como solucionar as panes mais comuns da pistola. Incrível como os detalhes são inúmeros. Espero que se um dia eu precisar realizar alguns desses procedimentos, eu lembre exatamente como fazê-los.
Como última instrução da semana tivemos a de relações humanas, foram basicamente várias dinâmicas de grupo. O iobjetivo destas é desenvolver o trabalho em grupo e a liderança.
Na dinâmica do meu grupo (Shortinho, Getúlio, Vende-se e eu), primeiramente, a instrutora mandou a gente desmontar 3 pistolas e 1 calibre doze. Ou seja, cada um tinha que desmontar uma arma. Um colega perguntou se alguém queria ficar com a doze, claro que me ofereci para desmontá-la. Desta forma fiquei com a calibre doze e desmontamos todas as armas. Após estarem todas desmontadas, a instrutora disse que a gente estava recebendo uma ligação comunicando uma emergência e que deveríamos montar as armas o mais rápido possível. Como a calibre doze é bem fácil de montar e desmontar, o fiz bem rápido, sendo o primeiro a terminar. O shortinho ficou bem enrolado para montar a pistola, eu e um outro colega o ajudamos a terminar de montá-la.
Na sequência a instrutora falou para nós a seguirmos, mas que não havia necessidade de levarmos as armas, porque, afinal, não eramos policiais. Neste momento, eu parei e pensei: "Não era pra ser uma simulação do cotidiano de um PRF no posto? Como vamos sair sem levar as armas?" Fiquei estático, com a calibre doze na mão, sem saber o quê fazer. Os colegas foram atrás da instrutora e ouviram um esporro: "Como é que vocês saem para atender uma emergência sem levar as armas?!?!" Desta forma, o resto do grupo retornou, pegaram as pistolas e fomos juntos até a quadra coberta. Chegando lá a instrutora perguntou quem estava com a doze. Apresentei-me e recebi uma venda em troca da doze. A dinâmica era a seguinte, eu deveria ser guiado vendado pelo grupo por um caminho demarcado previamente até um alve e acertá-lo com uma caneta pilot. Bem ao estilo daquela brincadeira de criança de colocar o rabo no burro. Sendo que eu mesmo me vendei, só que com o olho esquerdo eu conseguia ver um pouco do chão. Fui sendo guiado pelo Getúilo que ia contando os passos dele para me dar uma noção de espaço. Tipo: "NW dê 4 passos para a frente." Então, fui seguindo as orientações do colega, claro que olhando todo o caminho para não fazer merda.
assim, fiz todo o caminho sem maiores problemas, chegando ao final e quase acertando no centro do alvo. Nessa última etapa fui guiado completamente pelos colegas, pois, como disse anteriormente, só conseguia enxergar o chão.
O Getúlio, que foi quem me guiou todo o percurso, ficou tão feliz consigo pela proeza de ter me guiado com maestria que não tive coragem de contar a ninguém que estava vendo com um dos olhos o piso.
Após o término da dinâmica, recebemos uma visita do centro de cinotecnia da PRF. Primeiramente, algumas drogas foram escondidas em uma viatura, mais precisamente onde fica a tampa da entrada de combustível. Uma das 2 cadelas, uma pastor alemão, achou facilmente o esconderijo da droga, demonstrando onde estava estava escondida com as 2 patas. A segunda cadela, segundo o inspetor, um labrador, teria que achar uma trouxinha de maconha que fora colocada dentro de uma das pastas de um dos alunos dentre dezenas de outras dispostas em fileiras.
A cadela, que era identica ao cachorro do Bart Simpson, parecia que tinha cheirado uma carreira de cocaína, pois estava ligada no 220; ficou procurando por muito tempo sem achar absolutamnete nada. A busca teve que ser refeita várias vezes até que fosse encontrada a tal droga. O inspetor tentou fazer uma gracinha perguntando o que era aquilo para o aluno dono da pasta, mas ninguém conseguiu achar muita graça. Acho que assim como eu, todos estavam impressionados negativamente com a cadela, afinal a cadela não achou a droga de primeira.
O inspetor, ao final, afirmou que se alguns alunos quisessem e tivessem o "tino" para trabalhar com cães, estes poderiam se oferecer para a área, pois com certeza haveriam algumas vagas.
P.S. Combinamos uma pequena confraternização em uma churrascaria. Fui com a minha esposa e no final dei uma carona para o Getúlio. A churrascaria era muito ruim, somente valeu a pena pela zoeira com os colegas.
Opa...Olha eu aqui em QAP.
ResponderExcluirPara poder manter a animação e poder sentir a PRF cada vez mais perto fico aqui esperando uma nova história e agradeço,por ainda arrumar tempo aí nos seus afazeres e postar alguns dias de curso.Valeu futuro chefe!
Abraço Night!!
Owl Road
Que isso, fera. Na real já era pra eu ter postado esses dias de CFP aqui no Blog a muito tempo. Como vc me mandou um sms pedindo pra eu postar mais, arranjei um tempinho pra postar.
ResponderExcluirPode até não acreditar, mas cada post eu levo aproximadamente 2 a 3 horas pra escrever. Eu leio as anotações, tento lembrar e complementar os fatos...
Bom, espero que valha a pena aí, brow...
Abração e tudo de bom pra ti.
Grandes Parceiros ! Como bem disse o Owl, realmente vc voltou a postar, Mestre Night ! Tava falando em off com o Owl se haveria mais posts seus a serem colocados (leio, releio e sempre há aquilo de quero mais, réré...). Night, pode acreditar que o Owl é um dos caras mais agitadores, no bom sentido, quando o assunto é entrar para a PRF (chego bem perto dele, mas ele é o cara !). Valeu mesmo pelo novo post, seu tempo é escasso e ainda sim vc tá contribuindo para que outros caras bons entrem para a Gloriosa !
ResponderExcluirFica com Deus.
Odysseus.