Hoje, os relatos
começam antes do início da ordem unida. Ao adentrarmos os CESUC,
notamos que a parte onde fica a minha sala estava fechada e com 2
cachorros da raça Pit-Bull soltos lá. Começou aí um bate-boa como
iríamos entrar lá e quem deveríamos chamar para poder prender os
bichos, etc. E os dois cachorros ficavam ali na porta latindo e
rosnando sem parar para qualquer um que chegasse perto. Neste
momento, se aproximou um dos intrutores e começou a mexer com os
cães, os bichos ficaram doidos, parecendo que iam derrubar a porta
para poder atacar o intrutor. O instrutor, calmamente, retirou um
spray de pimenta do cinto tático e deu uma borrifada entre a tela da
porta no focinho dos cães. Resultado, os cães saíram correndo e
não se aproximaram mais da porta, por mais que se fizesse barulho ou
os provocasse.
O instrutor saiu de
perto da gente e disse: “Ninguém viu nada, ok?”. Claro que todos
os presentes concordaram, não com a atitude em si, mas com o fato do
ocorrido permanecer em segredo.
Durante a ordem unida,
recebemos de volta o orientador-geral que havia retornado ao seu
estado de origem e demos adeus ao seu fraco substituto com suas
falhas na voz, após o seu último sermão.
A primeira aula do dia
foi teórica. Aprendemos como preencher um Auto de Infração e
algumas de suas peculiaridades. Durante a instrução, rolou pela
sala os convites de formatura das turmas PRF de 2006.1A e 2006.1B que
haviam se formado no CTSUL. Lendo as mensagens nos convites, me dei
conta que a minha própria formatura não está tão longe assim. Um
sentimento nostálgico me dominou e lembrei de vários momentos nos
últimos anos nos quais abdiquei de muitas coisas da minha vida para
poder estar aqui no CFP. Foram incontáveis horas de estudo, de
ansiedade e esforço; sendo que não havia ainda sido terminada a
incrível jornada para poder virar um PRF, mas que não tardaria para
ocorrer o seu desfecho.
Durante a instrução
em si, ainda aconteceu uma coisa, um dos alunos que sentam na parte
da frente pediu para que alguém ligasse a luz, sendo imediatamente
criticado pelos colegas do canto da preguiça. Então, este aluno foi
e abriu a persiana da sala, o Paladino foi e fechou a mesma afirmando
que a luz atrapalharia a torada dos colegas, e, este impasse, ficou
no ar por algum tempo. No final, a persiana ficou parcialmente
aberta.
A segunda intrução do
dia doi a de abordagem, dividimos a turma e nos deslocamos nos
micoônibus até o quartel do exército onde sempre ocorre a
instrução. Chegando lá, a galera do meu micro-ônibus ficou
encarregada de pegar as motocicletas para que começasse a aula.
Treinamos como abordar indivíduos suspeitos em motocicletas,
desembarcando das viaturas que permaneciam estacionadas lógicamente.
Eram somente 3 viaturas para o treino de 39 alunos. O tempo foi
bastante escasso para que todos pudessem treinar adequadamente.
Segundo os instrutores, serão disponibilizadas mais oficinas para
que treinemos por mais tempo para que conseguissemos adquirir a tal
memória muscular.
Durante as
demonstrações das técnicas de abordagem, relembramos as técnicas
de como algemar uma pessoa. Em um dado momento, o intrutor pediu para
uma das colegas, a menor e mais frágil delas, realizar a técnica de
torção e algemá-lo. Na hora em que a colega executou o movimento,
o instrutor, que tinha um porte físico considerável, deu um gemido
de dor bem alto. Óbvio que toda a turma caiu na gargalhada,
inclusive os outros 3 instrutores.
Finalmente, presenciei
um fato que já havia sido relatado por alguns colegas de curso, o
puxassaquismo de um dos colegas para com os instrutores. A galera
toda se reuniu para poder tirar uma foto na frente de uma viatura
F-10 e esse colega do nada falou para um dos instrutores: “Senhor...
senhor... por favor, senhor... Nos dê a honra!!!” Vejam bem, não
que eu não quisesse que o instrutor viesse e saísse na foto, mas
foi uma atitude completamente desnecessária e até ridícula por
parte do colega. O colega não escapou da zoação da turma que caiu
na pele dele até dizer chega. Confesso que fui eu quem puxou a
zoeira e fui quem mais zuou, mas fazer o quê. Fora a pagação, a
instrução foi bem dinâmica e envolvente. Acredito que a cada
instrução de abordagem, as turmas se sentem cada vez mais
policiais.
Findada a instrução,
retornamos ao CESUC e os comentários sobre a lotação, remoção e
o certame nacional que virá, tomaram corpo no micro-ônibus.
No intervalo da hora do
almoço as zuações continuaram ocorrendo. Um dos colegas foi
“presenteado” com um empanado de frango na pasta com o seu
material e outro teve suas unhas pintadas com corretivo, enquanto
dormiam no chão da sala de aula.
A primeira instrução
da parte da tarde foi a de legislação de trânsito. Nesta,
aprendemos quais os documentos de porte obrigatório. Sinceramente,
me surpreendi quando o instrutor afirmou que haviam mais de 100
documentos de porte obrigatório.
A segunda aula da parte
da tarde foi a de educação física. Graças a Deus foi uma aula
diferente das anteriores, entramos no ônibus e no micro-ônibus e
fomos até o parque da cidade o “Mãe Bonifácia”. No parque, os
instrutores falaram que seria uma instrução de relaxamento, que
caminharíamos em grupos de 4 indivíduos pelo parque. Caso
quisessemos também poderíamos fazer o percurso correndo. Foi muito
bom e este momento de descontração, ficamos passeando olhando a
natureza do parque e conversando sobre o que o futuro nos aguardava
durante todo o tempo que nos foi dado.
Na volta ao CESUC, a
galera do meu micro-ônibus puxou uma cantoria de umas músicas
sertanejas muito antigas, tipo “boate azul” e “fuscão preto”.
Fiquei completamente deslocado, pois não conheço a letra de nenhuma
dessas músicas . Não faz nem um pouco parte do meu gênero musical,
mas gostaria de ter acompanhado a galera por causa da zuação.
Já no CESUC, tomamos
um baita esporro, pois um dos colegas da turma bravo “abordou”
uma transeunte no parque. Sendo que os intrutores tinham avisado que
não era para falarmos com ninguém enquanto estivéssemos no parque.
O instrutor deu como
exemplo o colega da minha turma, o Abre Ala, que, pelo que pude
entender, ajudou um menino no parque de alguma maneira. O instrutor
falou durante o sermão que não deveríamos ser APENAS honestos,
tínhamos que PARECER honestos. FO positivo pra você, Abre Ala. A
atitude foi só sua, mas repercutiu em toda a turma.
Ao que parece, não
haverá mais este tipo de instrução descontraída e em locais
abertos ao público em geral. Muito obrigado colega Tigre da turma
Bravo pelo presente a todos os alunos do CFP...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Estejam a vontade para comentar. Quanto mais comentários o blog tiver, mais rico de informações ele fica...
Obrigado