Hoje, cheguei ao cesuc muito baleado, me sentindo muito mal. Ao que tudo indica a doença e o cansaço me forçaram até o meu limite. Então, peço que os que estiverem lendo o post me perdoem se não ficar muito bom.
Assistimos a primeira instrução que foi sobre a legislação de trânsito. Não houve muito sobre o que falar. Foi uma aula normal, citando as infrações mais usuais. Não posso dizer com precisão todos os fatos, pois passei mais tempo dormindo do que acordado.
Como segunda instrução, tivemos a instrução de armas curtas, utilizando a pistola. A turma fora dividida em duas e uma metade ficou com o coldre, sendo que alguns utilizavam coldres próprios e a maioria usava os acautelados pelo departamento. A outra metade da turma ficou sem coldres para treinar. Isso se deu pelo fato de que uma outra turma tinha levado parte dos coldres para a instrução de abordagem, ficamos dessa maneira desfalcados. Um dos instrutores falou para a gente ir se acostumando, pois as condições que o governo dava para a PRF em geral é assim mesmo, precária.
Treinamos todas as posições passadas em sala na instrução passada. Simulamos o tiro em pé, de joelhos, deitados, deitados de lado, com a ação dupla, com a ação simples, etc. A novidade é que treinamos como nos deslocar fazendo mira, aprendendo como fazer com que a mira balancasse o mínimo possível. Devido a minha gripe, a pistola pesava uns 10 kilos em minhas mãos, Não consegui fazer o exercício direito, deslocando-me corretamente. Acho que a exposição ao sol cuiabano não está ajudando minha saúde.
Ainda na parte da manhã, vestimos o kimono e pegamos os micro-ônibus e nos dirigimos para o palácio das artes marciais para outra instrução de defesa policial.
Como estava passando muito mal, perguntei ao instrutor que estava puxando o aquecimento se poderia ser dispensado do aquecimento. Este me mandou perguntar a outro instrutor, pois dispensa de qualquer atividade física somente se dá com atestado médico. Dirigi-me ao outro instrutor e este me disse exatamente o mesmo que o anterior.
Assim, fui fazer o aquecimento, mesmo passando mal. Começamos a correr, a fazer flexões de braço, abdominais, estava levando na medida do possível; agora, quando fomos fazer o agachamento, eu não aguentei. Tudo começou a rodar e a ficar escuro, quase que caí no chão. Retirei-me da fila do aquecimento e fui falar novamente com o instrutor. Perguntei como deveria proceder para conseguir o atestado médico, já que não tinha mais plano de saúde. Este me instruiu a falar com o orientador geral substituto ou com o PRF que ficara responsável pela parte médica.
Assisti a instrução do lado de fora. a turma treinou novamente os rolamentos, já ensinados em aulas anteriores, e, também, aprenderam como cair de frente, de lado e de costas. ah, também treinaram os rolamentos com obstáculos, sendo utilizado como obstáculos os próprios alunos agachados.
Conforme a instrução ia terminando, os demais alunos iam se dirigindo ao banheiro do ginásio para tomar banho e trocar de roupa. Ao passarem por mim, alguns perguntaram o que tinha acontecido, se eu estava bem, etc. Este fato me deixou mais integrado com a turma, transparecendo que eu realmente fazia parte de um grupo.
Chegando ao Cesuc procurei o orientador-feral substituto para perguntar o quê fazer, como proceder, etc. Ao ser questionado, o orientador simplesmente não deu a mínima, falando que quando terminassem as instruções do dia, eu deveria procurar um médico e trazer um atestado médico. Argumentei a possibilidade dos consultórios médicos estarem fechados. A resposta que recebi foi a seguinte: "Aluno, olha só, se você tiver um infarto e cair duro no chão a gente leva você ao hospital. Caso contrário, o aluno tem que se virar!!!" Agradeci ao orientador e me retirei para a sala-de-aula. Na realidade, naquele momento, queria poder esganar o desgraçado, mas como não podia fazê-lo, entubei a resposta e guardei aquela raiva e ódio só pra mim.
Vários colegas me perguntaram se eu estava mesmo legal e tals. Acredito que era visível que eu estava praticamente caindo pelo pátio do Cesuc. O Gilberto, o mesmo amigo que fez as marcações no Bosque da Barra e que estudou comigo para o certame, se ofereceu para ir comigo ao médico no final do dia.
Um dos colegas da minha turma, ao ver como eu estava mal, foi chamar o PRF responsável pela parte médica. O PRF me disse que acabando as instruções ele poderia me levar no hospital militar, pois o departamento tinha fechado um convênio com este e que as consultas saiam a 20 reais. Aceitei a ajuda do PRF, agradeci a ele e aos demais colegas que me apoiaram.
Depois disso tudo, almoçamos um rango bem meia-boca. A senhora que "contratamos" cabará por perder todos os clientes, pois a galera que está comendo no Cesuc está diminuindo a cada dia.
Após o almoço, tivemos mais uma instrução com armas longas. O instrutor falou para pegar as armas que estavam escoradas em uma parede. Corri para pegar uma das calibre doze mais novas, pois estas são bem mais leves que as outras espingardas e carabinas usuais do DPRF.
Não curti muito a instrução, porque todo deslocamento era feito com sacrifício. Treinamos a visada, as posições de como deveríamos carregar as armas e como se dava o deslocamento sem oscilar a mira. Simulamos, com uma viatura, o tiro abrigado, o tiro coberto, ajoelhado e deitado. Sendo, inclusive, fotografado por um dos instrutores. Apesar de estar doente e não ter curtido muito a instrução por causa disso, esta instrução continua sendo a minha preferida.
Ao término da instrução, guardamos as armas e voltamos para a sala-de-aula para mais uma instrução teórica. Tivemos outra dinâmica de grupo, estando mais ausente do que presente, o grupo literalmente me levou nas costas. Como de costume nas demais aulas teóricas, a tora estava rolando solta.
Acabada a última instrução, fomos dispensados e fui ao encontro do PRF que ficou de me levar ao hospital. Agora, este disse que não poderia me levar, mas que explicaria como chegar lá. Não entendi muito bem, mas minhas dúvidas foram sanadas por outros colegas que já tinham ido a este hospital por causa dessa maldita gripe ou por lesões dos exercícios.
Acabei encontrando o local sem muita dificuldade, por causa das indicações e pontos de referência que foram ótimos. O hospital parece ser muito bom, fui atendido prontamente por um médico, tomei uma medicação intra-venosa. O médicoquis me dar um atestado de uma semana, mas falei que 1 semana era muito tempo e que 3 dias contando o de hoje, seriam suficientes.
P.S. O orientador geral substituto conseguiu com o passar das semanas desagradar a todos. Nunca vi um nível de rejeição tão grande. Ninguém gostava do cara, simplesmente incrível, o futuro colega conseguiu 154 inimizades. Meus sinceros parabéns, orientador Coiote.
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