terça-feira, 14 de abril de 2009

32º Dia - Avaliação de Técnicas de Defesa Policial

Hoje, durante a ordem unida, fomos orientados a fazer um aquecimento e alongamento para nos prepararmos para a nossa avaliação de técnicas de defesa policial. Sendo que só metade da turma fez a prova hoje, e a outra metade foi ao ginásio fazer a limpeza do local, vestidos com o uniforme de ed. Física. A nossa atual xerife foi a primeira a fazer a prova e os demais iam em ordem numérica. Após a prova, não deveríamos voltar para a sala-de-aula, e, sim para uma sala vazia no primeiro andar. Fui vendo os colegas irem fazer a prova um por vez, até a hora que chegou a minha vez. Os instrutores gritavam com você para te pressionar e te colocar o mais nervoso possível, sendo que uns dos instrutores havia dito para a turma que o teste só começaria a valer após fosse feito o primeiro rolamento.

O instrutor com máscara de eski me segurou pelo kimono dizendo que era somente a voz da minha consciência e gritava perguntando enquanto me sacudia: “Você quer viver ou morrer?!?!?; Você não deveria estar aqui!!!!; Você quer mesmo ser polícia???” Respondi a todas as perguntas e tal e recebi como resposta: “Péssima escolha aluno!!!” Enquanto, era sacudido, não podíamos reagir de qualquer forma. Toda fez que era sacudido, tentava segurar nos punhos do instrutor para evitar as sacudidas, sendo veementemente censurado por isso várias vezes.

Após o primeiro rolamento veio a primeira agressão. Um dos instrutores veio e me deu um chute lateral, como sou pesado, sabia que não daria tempo de desviar e bloqueei o chute com uma das pernas e não sofri nenhuma lesão. Realizei, na sequência, o segundo rolamento e um dos instrutores veio e ficou gritando na minha frente. Não consegui entender o quê ele queria, até que o instrutor da máscara de eski veio por trás e me deu uma gravata. Consegui desequelibrá-lo e derrubá-lo pra trás caindo por cima dele. Fiz o terceiro rolamento, o instrutor veio com as mãos esticadas como se fosse me dar um empurrão e fiz uma torção no punho dele que sabia de quando fazia aikidô e este foi ao chão. Finalizada a avaliação, os instrutores disseram que fui muito ruim e que poderia repetí-la na mesma hora se quisesse. Disse que tudo bem, faria de novo sem problemas. Os instrutores mandaram eu pagar 10 flexões de braço e na sequência me mandaram embora, dizendo que tinha acabado. Bom, finalmente acabada a prova, a única lesão que tive foi no meu pescoço que ficou um pouco dolorido pelas sacudidas que o instrutor com máscara de eski deu em mim, antes do início da prova.

Vários colegas que comentaram comigo sobre a prova, saíram reclamando dos chutes que encaixavam no plexo ou no abdomem.

Após todos os alunos terem feito a prova, fizemos um relaxamento com o orientador-pedagógico. Acredito que fora uma pequena aula de Yoga. Fora falado sobre a energia dos seres vivos e das coisas e tal. No final, chegamos, inclusive a fazer massagens uns nos outros... Sem preconceito, mas por coincidência, o orientador era gaúcho...

A instrução que seria a terceira do dia, foi novamente sobre a inteligência do DPRF. Fiquei atualizando este diário até que surgiu o papo de salário, nível superior, novo concurso e remoções. Fiquei sabendo que o concurso nacional para 750 vagas foi autorizado ontem, e que a lotação para este concurso será de no máximo para abril de 2010. Que ilusão meu Deus...

Os últimos dois tempos tivemos a instrução de socorrismo. Nela vimos os procedimentos corretos técnicos para podermos retirar vítimas de veículos acidentados, preservando a sua integridade física. São 3 procedimentos distintos que podem ser utilizados dependendo da condição física das vítimas e/ou do local do acidente. Durante a instrução fui repreendido 3 vezes por dormir em sala-de-aula, sendo que todas as vezes eu estava acordado. Não entendi absolutamente nada, será que o instrutor não foi com a minha cara?

Ainda durante a instrução fomos para a quadra coberta praticar as técnicas de socorrismo que visualizamos em sala. Na prática, pude notar o quão complicado é se retirar uma pessoa de um carro e que se o veículo for alto é pior ainda. O treinamento fora realizado em viaturas caracterizadas da PRF. Para conseguir retirar uma pessoa de um veículo sem balançá-la ou mexer sua cabeça é praticamente impossível. Espero que com a prática eu possa melhorar na execução destas técnicas e poder retirar a vítima de dentro do veículo sem aumentar ainda mais suas lesões.

Após a aula, os instrutores deram apenas 5 minutos para nos arrumar e sair do vestiário. Claro que não deu tempo e um dos instrutores deu uma borrifada generosa no ar com o gás de pimenta dentro do vestiário e ficaram segurando a porta para evitar que alguém saísse. Pude notar que os efeitos são bem mais brandos do que o gás CS, a única alteração que me proporcionou é uma grande vontade de espirrar. Outros alunos ficaram quase morrendo dentro do vestiário. Sinceridade, não era pra tanto ou sou meio imune ao gás de pimenta.

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