Hoje durante a ordem unida, alguns alunos estavam fora do padrão exigido, alguns sem a calça-tática, outros sem coturno. Foi uma pegação no pé ferrada. "Aluno, porque está sem o uniforme?!?!?!"; "Aluno, que tênis é esse?!?!?!?"; "Aluno, calça jeans é parte do uniforme?!?!?!?"; etc...
Após a ordem unida, só tivemos aulas teóricas em sala de aula na parte da manhã. A instrução de socorrismo foi bem interessante, mas não me acrescentou muito. A matéria fora bem superficial e não foi novidade pra mim, porque eu já tinha feito uma disciplina com esse tema durante os períodos que cursei na faculdade de ed. física. Acredito que em breve estaremos vendo coisas mais específicas e aprofundadas na matéria.
No intervalo para o almoço ocorreu um fato muito chato. Os alunos do CFP tinham fechado com uma senhora o almoço por 6 reais, que seria servido no próprio CT. Ela traria a comida e providenciaria mesas para a gente. O rango servido não foi dos melhores e não agradou todos, fazendo com que vários alunos pedissem quentinhas e outros saíssem para comer fora. Contudo, a situação chata não foi a qualidade da comida, e sim, a sua quantidade. A comida não deu para todos os alunos se servirem, fazendo com que alguns alunos ficassem sem almoço. Foi muita reclamação, os comentários e os cochichos corriam soltos nas instalações do CT.
Na parte da tarde, tivemos outra instrução de armas longas, mais precisamente com a calibre 12. Aprendemos como limpá-las, lubrificá-las, municiá-las e desmuniciá-las. Um aluno perguntou o porquê que a 12 não podia ser transportada já carregada (com o cartucho na câmara de explosão). O instrutor respondeu que algumas 12s eram muito sensíveis e que com a trepidação do próprio veículo em movimento poderia dispará-la. Dando um exemplo de acidentes, disse que já houve colega que perdeu parte do pé por apoiar o cano da 12 carregada no coturno e ficar batendo com o pé no chão. Nessa hora, ele estava demonstrando o exemplo, claro que com a arma desmuniciada, e na terceira batida do pé contra o solo ouvimos um "click". Era o martelo sendo acionado, ou seja, acabara de acontecer exatamente aquilo que o instrutor exemplificara. O instrutor disse: "Olha, viu só como pode acontecer?". Acredito que a sala toda se espantou com o ocorrido, ouviasse na sala as expressões de espanto. De resto, a aula correu sem amiores novidades.
Encontrei com o meu amigo que tinha estudado comigo pro concurso. Ele está em outra turma (Charlie) e acabara de voltar de uma instrução externa. Ele tinha sido apresentado ao gás lacrimogêneo. Perguntei pra ele: "E aí mano, como é que foi?". A expressão dele não era a das melhores. Ele me contou que havia sido terrível, uma das piores experiências da vida dele. Que o gás arde demais e que os instrutores jogavam bem o gás na sua cara por entre as suas pernas. Fiquei um pouco apreensivo, nunca tive contato com o CS e terei a mesma experiência amanhã. Vamos esperar para ver. Se bem que pelas lágrimas dos colegas da Charlie, a instrução não havia sido das mais agradáveis...
A última instrução do dia foi a de ed. física. Fomos ao vestiário, trocamos de roupa e ficamos aguardando formados no pátio, o início da instrução ao lado da turma Bravo. Os instrutores logo vieram e começamos um breve alongamento e aquecimento. Terminado esse, iniciamos um leve corrida pelas ruas que circundam o CT. Para que fosse interrompido o tráfego ou sinalizado qualquer obstáculo, 4 colegas foram incubidos de serem os batedores. Estes deveríam ir na frente das turmas e sinalizar com bandeirolas vermelhas. O mais difícil da corrida, não foi a intensidade da corrida, e sim, o terreno do percurso. As ruas são bem íngremes, então nas subidas parecia até que eu estava malhando panturrilha ao invés de estar correndo. E fomos, assim, correndo pelas ruas de Cuiabá, cantando aquelas músicas de exército: "Corridinha mixuruca, que não dá nem pra cansar... Nesse passo apertadinho... Vou até o Ceará"; "Na subida, na subida... é um Deus nos acuda!!! Na descida, na descida... todo santo ajuda!!!"; dentre várias outras. Durante a corrida houve o seguinte diálogo, entre um dos alunos e o instrutor.
Aluno: "Instrutor..."
Instrutor: "O que que vc quer, aluno?"
Aluno: "Permissão para puxar a canção, Sr."
Instrutor: "Quem está falando?"
Aluno: "Aluno ZERO-DOIS-QUATRO, Herenfio!!!"
Instrutor: "Permissão negada, aluno oferecido."
E o colega sem ouvir direito o que o instrutor falou, começou a puxar a canção. Geral começou a rir e o instrutor disse bem alto: "Para aluno!!! Não dei permissão!!!" Era o início de uma lenda que marcara todo o CFP. Depois dessa corrida inicial, não houve um dia em que esse colega não houvesse puxado as canções nas corridas. Enquanto corríamos, a população dos arredores saía das casas e dos bares para ver o que estava acontecendo. Inclusive, várias crianças corriam ao nosso lado, como se fosse uma brincadeira. Corremos por 12 minutos e descançamos por 6, voltando depois a correr mais 12 minutos. Chegando no CT, após essa meia-hora, fizemos 4 séries de 15 flexões de braço. Essas séries foram muito cansativas, pois o tempo de intervalo entre elas era bem curto. Ao final da instrução, foi dado destino aos alunos e cada um seguiu para sua casa para um merecido descanso.
P.S. Segundo corre à boca-pequena, um aluno de outra turma chegou a pedir para sair após a instrução do gás. A situação, ao que parece, foi contornada pelos instrutores e o aluno decidiu ficar. Um aluno da minha sala está com problemas no joelho e vira-e-mexe falta às instruções utilizando-se dos atestados médicos. Força aí irmão, a gente vai contigo até o final e vamos nos formar juntos. Tenha fé e ore para Deus te agraciar com uma rápida recuperação.
Após a ordem unida, só tivemos aulas teóricas em sala de aula na parte da manhã. A instrução de socorrismo foi bem interessante, mas não me acrescentou muito. A matéria fora bem superficial e não foi novidade pra mim, porque eu já tinha feito uma disciplina com esse tema durante os períodos que cursei na faculdade de ed. física. Acredito que em breve estaremos vendo coisas mais específicas e aprofundadas na matéria.
No intervalo para o almoço ocorreu um fato muito chato. Os alunos do CFP tinham fechado com uma senhora o almoço por 6 reais, que seria servido no próprio CT. Ela traria a comida e providenciaria mesas para a gente. O rango servido não foi dos melhores e não agradou todos, fazendo com que vários alunos pedissem quentinhas e outros saíssem para comer fora. Contudo, a situação chata não foi a qualidade da comida, e sim, a sua quantidade. A comida não deu para todos os alunos se servirem, fazendo com que alguns alunos ficassem sem almoço. Foi muita reclamação, os comentários e os cochichos corriam soltos nas instalações do CT.
Na parte da tarde, tivemos outra instrução de armas longas, mais precisamente com a calibre 12. Aprendemos como limpá-las, lubrificá-las, municiá-las e desmuniciá-las. Um aluno perguntou o porquê que a 12 não podia ser transportada já carregada (com o cartucho na câmara de explosão). O instrutor respondeu que algumas 12s eram muito sensíveis e que com a trepidação do próprio veículo em movimento poderia dispará-la. Dando um exemplo de acidentes, disse que já houve colega que perdeu parte do pé por apoiar o cano da 12 carregada no coturno e ficar batendo com o pé no chão. Nessa hora, ele estava demonstrando o exemplo, claro que com a arma desmuniciada, e na terceira batida do pé contra o solo ouvimos um "click". Era o martelo sendo acionado, ou seja, acabara de acontecer exatamente aquilo que o instrutor exemplificara. O instrutor disse: "Olha, viu só como pode acontecer?". Acredito que a sala toda se espantou com o ocorrido, ouviasse na sala as expressões de espanto. De resto, a aula correu sem amiores novidades.
Encontrei com o meu amigo que tinha estudado comigo pro concurso. Ele está em outra turma (Charlie) e acabara de voltar de uma instrução externa. Ele tinha sido apresentado ao gás lacrimogêneo. Perguntei pra ele: "E aí mano, como é que foi?". A expressão dele não era a das melhores. Ele me contou que havia sido terrível, uma das piores experiências da vida dele. Que o gás arde demais e que os instrutores jogavam bem o gás na sua cara por entre as suas pernas. Fiquei um pouco apreensivo, nunca tive contato com o CS e terei a mesma experiência amanhã. Vamos esperar para ver. Se bem que pelas lágrimas dos colegas da Charlie, a instrução não havia sido das mais agradáveis...
A última instrução do dia foi a de ed. física. Fomos ao vestiário, trocamos de roupa e ficamos aguardando formados no pátio, o início da instrução ao lado da turma Bravo. Os instrutores logo vieram e começamos um breve alongamento e aquecimento. Terminado esse, iniciamos um leve corrida pelas ruas que circundam o CT. Para que fosse interrompido o tráfego ou sinalizado qualquer obstáculo, 4 colegas foram incubidos de serem os batedores. Estes deveríam ir na frente das turmas e sinalizar com bandeirolas vermelhas. O mais difícil da corrida, não foi a intensidade da corrida, e sim, o terreno do percurso. As ruas são bem íngremes, então nas subidas parecia até que eu estava malhando panturrilha ao invés de estar correndo. E fomos, assim, correndo pelas ruas de Cuiabá, cantando aquelas músicas de exército: "Corridinha mixuruca, que não dá nem pra cansar... Nesse passo apertadinho... Vou até o Ceará"; "Na subida, na subida... é um Deus nos acuda!!! Na descida, na descida... todo santo ajuda!!!"; dentre várias outras. Durante a corrida houve o seguinte diálogo, entre um dos alunos e o instrutor.
Aluno: "Instrutor..."
Instrutor: "O que que vc quer, aluno?"
Aluno: "Permissão para puxar a canção, Sr."
Instrutor: "Quem está falando?"
Aluno: "Aluno ZERO-DOIS-QUATRO, Herenfio!!!"
Instrutor: "Permissão negada, aluno oferecido."
E o colega sem ouvir direito o que o instrutor falou, começou a puxar a canção. Geral começou a rir e o instrutor disse bem alto: "Para aluno!!! Não dei permissão!!!" Era o início de uma lenda que marcara todo o CFP. Depois dessa corrida inicial, não houve um dia em que esse colega não houvesse puxado as canções nas corridas. Enquanto corríamos, a população dos arredores saía das casas e dos bares para ver o que estava acontecendo. Inclusive, várias crianças corriam ao nosso lado, como se fosse uma brincadeira. Corremos por 12 minutos e descançamos por 6, voltando depois a correr mais 12 minutos. Chegando no CT, após essa meia-hora, fizemos 4 séries de 15 flexões de braço. Essas séries foram muito cansativas, pois o tempo de intervalo entre elas era bem curto. Ao final da instrução, foi dado destino aos alunos e cada um seguiu para sua casa para um merecido descanso.
P.S. Segundo corre à boca-pequena, um aluno de outra turma chegou a pedir para sair após a instrução do gás. A situação, ao que parece, foi contornada pelos instrutores e o aluno decidiu ficar. Um aluno da minha sala está com problemas no joelho e vira-e-mexe falta às instruções utilizando-se dos atestados médicos. Força aí irmão, a gente vai contigo até o final e vamos nos formar juntos. Tenha fé e ore para Deus te agraciar com uma rápida recuperação.
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